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Mês da Conscientização de Autismo: Saiba mais sobre essa condição e os cuidados necessários

Hospital São Francisco em 01/04/2022 às 08h30

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, trata-se de uma condição no neurodesenvolvimento, desde a formação do bebê na gestação. Pode ser identificado na primeira infância, entre dois a três anos de idade, ou posteriormente durante a vida adulta.

No entanto, é preciso deixar claro que o autismo não pode ser “contraído” ou desenvolvido durante a vida. O autista já nasce com essa condição, mesmo com o diagnóstico tardio.

Por se tratar de uma característica física no desenvolvimento cerebral, o autismo não tem cura e não pode ser considerado uma doença. Ele interfere, principalmente, na forma como os indivíduos nessas condições enxergam e se relacionam com o mundo e em sua interação com as pessoas ao seu redor

Como identificar o autismo na infância?

  • – A criança pode parecer surda, não respondendo ao seu chamado ou não reconhecendo o próprio nome.
  • – Quando bebês, não buscam o olhar da mãe durante a amamentação.
  • – Não demonstram perceber a diferença entre o colo dos pais e o colo de desconhecidos.
  • – Não respondem a brincadeiras de adultos e até de outras crianças.
  • – Pouca interação social.
  • – Não apontam, nem dão “tchauzinho” ou “beijinho”, além de conduzir a mão de um adulto para aquilo que quer mostrar.
  • – Não compreendem a diferença entre brincadeira e realidade.
  • – Frequentemente estão agitando as mãos, a cabeça ou o tronco.
  • – Atraso para aprender a engatinhar e andar, além de andar na ponta dos pés.
  • – Atraso na fala ou repetição de palavras fora de contexto.
  • – Não demonstram dor ou choram quando caem.
  • – Tem apego exagerado a determinados objetos.
  • – Não gostam de sair da rotina.
  • – Incomodam-se exageradamente com estímulos como: sons, texturas e luzes.

Como identificar o autismo na fase adulta?

O diagnóstico do TEA na fase adulta tem crescido a cada ano. Isso não significa um aumento no número de casos, já que o autismo não pode ser contraído, e sim, um aumento no reconhecimento do espectro em idade mais avançada, em casos que podem ter sido negligenciados na infância.

Nesses casos, as crianças e adolescentes enfrentam o autismo de nível 1, onde conseguem levar vidas “normais”, mas as dificuldades em interagir e socializar se tornam evidentes quando chegam à idade adulta. Algumas formas de identificar são:

  • – O obstáculo na comunicação o impede de identificar sarcasmos, ironias, brincadeiras, etc.
  • – Possui dificuldade de demonstrar ou receber carinhos e afetos.
  • – Muitas vezes apresenta pouca empatia aos próximos, pois não consegue interpretar com facilidade os sentimentos alheios. Dessa forma, consequentemente, tem mais dificuldade de lidar com seus próprios sentimentos e com os das pessoas ao seu redor.
  • – Prefere trabalhar sozinho que em equipe.
  • – Sua forma de comunicação é direta, o que o leva a ser conhecido como uma pessoa sincera além da conta.

Como tratar?

Apesar de não ter cura, existem tratamentos feitos por especialistas que ajudam a criança, adolescente ou adulto a lidarem melhor com as situações, melhorando sua socialização e sua qualidade de vida. Para isso, é imprescindível que um neurologista avalie o paciente, para então diagnosticá-lo ou não com autismo.

Sendo confirmado, o autista inicia o tratamento com uma equipe multidisciplinar, envolvendo terapia, medicação adequada, alimentação saudável, sessões de fonoaudiologia para melhora da fala e comunicação, etc.

Existem diversas formas de terapia para auxiliar o desenvolvimento das crianças e adolescentes, como por exemplo, a psicoterapia, a musicoterapia, equoterapia e muito mais. O acompanhamento com um médico especialista vai orientar qual o mais indicado para cada pessoa.

Se você, seu filho ou alguém ao seu redor se identificar com algum dos sintomas de autismo, procure um neurologista para o diagnóstico e tratamento. O autismo e nenhuma outra doença neurológica, jamais deve ser diagnosticada por conta própria!

Fonte: HSF