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Maio amarelo e vermelho: mês contra acidentes de trânsito e de conscientização sobre as hepatites virais

Hospital São Francisco em 02/05/2024 às 12h57

O “Maio Amarelo” é destinado à prevenção de acidentes de trânsito; já o “Maio Vermelho” tem como objetivo principal informar sobre a hepatite.

Maio amarelo

Em 2014, o sistema de trânsito do Brasil aderiu à Campanha “Maio Amarelo”, cujo objetivo é conscientizar a população para a redução de acidentes de trânsito. O mês de maio foi escolhido porque marca uma série de acontecimentos importantes relacionados à segurança no trânsito, como a criação do Código de Trânsito Brasileiro e a realização da primeira Assembleia Mundial de Saúde com foco na segurança viária.

Os acidentes de trânsito constituem um grave problema no Brasil, causando um grande número de mortes e feridos a cada ano. As estatísticas variam de acordo com fontes e períodos, mas historicamente o país registra altos índices de acidentes nas vias.

De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, em 2020, houve uma redução no número de acidentes de trânsito no Brasil em comparação com anos anteriores, possivelmente devido às restrições de circulação impostas pela pandemia de COVID-19. No entanto, mesmo com essa redução, os números ainda são alarmantes.

As principais causas de acidentes de trânsito no Brasil incluem o desrespeito às leis de trânsito, o excesso de velocidade, a ingestão de álcool antes de dirigir, a falta de uso do cinto de segurança e o uso de celular ao volante.

Frente à esta realidade, iniciativas têm sido implementadas e, no mês de maio, realizadas diversas ações educativas buscando promover a reflexão sobre a importância da segurança no trânsito e estimular comportamentos mais seguros por parte dos condutores, pedestres e ciclistas.

Maio vermelho

A campanha “Maio Vermelho” surgiu como uma iniciativa para conscientizar sobre as hepatites virais em todo o mundo. Embora não haja uma data específica de sua origem, a conscientização sobre as hepatites virais ganhou destaque ao longo dos anos devido ao aumento da incidência dessas doenças e à necessidade de abordar a questão de forma mais abrangente.

Hepatites virais

As hepatites são inflamações do fígado que podem ser causadas por diferentes fatores, incluindo vírus, álcool, toxinas e medicamentos. As formas virais mais comuns de hepatite são as hepatites A, B, C, D e E, sendo que as hepatites B e C são as mais preocupantes devido à sua capacidade de se tornarem crônicas e causarem danos progressivos ao fígado.

Hepatites virais específicas:

  • Hepatite A:

Transmissão: Geralmente transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes infectadas, ou por contato direto com uma pessoa infectada.

Sintomas: Pode variar de leve a grave e incluir febre, fadiga, perda de apetite, náusea, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras.

Prevenção: Vacinação, boa higiene pessoal e saneamento básico.

  • Hepatite B:

Transmissão: Pode ocorrer por meio do contato com sangue ou fluídos corporais de uma pessoa infectada, como relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas e da mãe para o bebê durante o parto.

Sintomas: Muitas vezes assintomática, mas pode causar fadiga, dor abdominal, icterícia, urina escura, fezes claras e outros sintomas semelhantes à hepatite A.

Prevenção: Vacinação, práticas seguras de sexo e evitar o compartilhamento de objetos cortantes ou pessoais.

  • Hepatite C:

Transmissão: Geralmente transmitida por contato com sangue contaminado, como compartilhamento de agulhas e seringas, transfusões de sangue (anteriormente, antes dos testes de triagem serem implementados), e menos comumente, por contato sexual.

Sintomas: Muitas vezes assintomática, mas pode causar fadiga, náusea, dor abdominal, icterícia, urina escura, fezes claras e outros sintomas semelhantes à hepatite A e B.

Prevenção: Não há vacina disponível. A prevenção envolve práticas seguras de sexo, evitar o compartilhamento de agulhas e seringas e testagem regular em grupos de risco.

  • Hepatite D:

É uma infecção que ocorre apenas em pessoas que já têm hepatite B. A hepatite D é transmitida da mesma forma que a hepatite B.

Sintomas e prevenção são semelhantes aos da hepatite B.

  • Hepatite E:

Geralmente transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes infectadas, principalmente em áreas com más condições de saneamento.

Sintomas e prevenção são semelhantes aos da hepatite A.

Os diagnósticos das hepatites virais geralmente envolvem testes de sangue para detectar a presença de anticorpos contra os vírus da hepatite e, em alguns casos, para detectar o próprio vírus. O tratamento varia de acordo com o tipo de hepatite, podendo incluir repouso, medicamentos antivirais e, em casos mais graves, transplante de fígado.

É importante destacar que a prevenção é crucial para reduzir o impacto das hepatites virais. Isso inclui vacinação, práticas seguras de sexo, evitar o compartilhamento de agulhas e seringas e garantir a segurança dos alimentos e da água. Além disso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações e reduzir a transmissão dessas infecções.

A conscientização é a melhor forma de tratamento!

 

Fonte: HSF.