No primeiro mês do ano, as cores branco e roxo representam duas importantes campanhas de conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e o combate à hanseníase.

Janeiro branco 

Janeiro Branco é uma campanha presente no calendário do Ministério de Saúde (MS) e, segundo dados fornecidos por ele, os índices de pessoas com transtornos mentais, principalmente depressão e ansiedade, aumentaram nos últimos anos.

A pandemia de Covid-19 foi um fator contribuinte para o aumento desses casos. A mudança na rotina, o isolamento social, o medo da infecção, as preocupações econômicas, como também a readaptação no processo da volta às atividades, aumentou o sofrimento mental.

A Campanha foi criada em 2014 por psicólogos brasileiros para conscientizar a população sobre a importância da saúde mental. Vale destacar que janeiro não foi escolhido à toa, e sim com uma maneira estratégica de incentivar as pessoas a refletirem sobre suas vidas.

O começo de um novo ano remete ao começo de um novo ciclo, janeiro é o primeiro dos doze meses do ano e é nele que as metas são traçadas, incluindo novos hábitos e cuidados com a saúde mental. Por isso, é considerado um mês ideal para dialogar sobre os cuidados com a saúde mental.

Problemas de saúde mental mais frequentes:

• Ansiedade;
• Mal-estar psicológico ou stress continuado;
• Depressão;
• Dependência de álcool e outras drogas;
• Perturbações psicóticas, como a esquizofrenia;
• Atraso mental;
• Demências.

As pessoas afetadas por problemas de saúde mental são, na maior parte das vezes, incompreendidas, estigmatizadas, excluídas ou marginalizadas, devido ao preconceito e a falta de conhecimento, por isso é importante esclarecer e desmistificar alguns falsos conceitos, como:

• As doenças mentais são fruto da imaginação;
• As doenças mentais não têm cura;
• As pessoas com problemas mentais são pouco inteligentes, preguiçosas, imprevisíveis ou perigosas.

Janeiro roxo

O janeiro roxo é uma campanha que tem como objetivo alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença é cercada de preconceitos e estigmas por ser contagiosa, mas tem controle e tratamento realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios da saúde pública no Brasil e o diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para contribuir com o diagnóstico precoce da doença, em 2022, foram incluídos ao SUS três novos testes de apoio ao diagnóstico e um para a detecção de resistência da doença.

A hanseníase é uma doença crônica infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae e está associada a lesões na pele, como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade. O diagnóstico feito de maneira tardia pode deixar graves sequelas, especialmente incapacidade física com deformidades em mãos e pés, podendo levar também à cegueira. Quem sofre com a doença, além de todos os problemas de saúde, ainda precisa conviver com o preconceito.

Em 1976, o Brasil foi o único país do mundo que fez a mudança do nome da doença de “lepra” para “hanseníase”. A medida veio com o objetivo de diminuir o estigma milenar associado à doença.

Fonte: HSF.