O Fevereiro Laranja é o mês dedicado à conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue. A campanha tem como principal objetivo alertar a população sobre os sintomas, a importância do diagnóstico precoce e, principalmente, incentivar o cadastro de doadores de medula óssea. Neste mês, o Hospital São Francisco de Americana (HSF) une forças para divulgar essa causa, promovendo a conscientização e incentivando a participação de toda a sociedade na luta contra essa doença.
O que é a leucemia?
A leucemia é um câncer que se origina na medula óssea, o tecido responsável pela produção das células sanguíneas. Quando a medula óssea é afetada pela doença, ocorre uma produção descontrolada de células sanguíneas anormais, que comprometem o funcionamento do organismo. Existem diferentes tipos de leucemia, como a leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC), que afetam crianças e adultos de formas variadas.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da leucemia podem ser sutis, dificultando um diagnóstico precoce. Entre os principais sinais estão: fadiga excessiva, febre persistente, perda de peso sem motivo aparente, sangramentos e hematomas frequentes, dores nos ossos e articulações, infecções recorrentes e aumento dos gânglios linfáticos. Diante desses sintomas, é fundamental procurar um médico, pois o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.
O diagnóstico da leucemia é feito por meio de exames de sangue e medula óssea. A partir desses exames, é possível determinar o tipo de leucemia e a melhor abordagem terapêutica para o paciente.
A importância do Fevereiro Laranja
A campanha Fevereiro Laranja é uma oportunidade para educar a população sobre a leucemia, desmistificar a doença e reforçar a importância do diagnóstico precoce. Além disso, a campanha destaca a necessidade urgente de doadores de medula óssea, que podem ser a esperança de cura para muitos pacientes.
O número de doadores registrados no Brasil ainda é insuficiente para atender à demanda de pacientes que necessitam de um transplante de medula. Isso ocorre porque a chance de encontrar um doador compatível fora da família é muito baixa, cerca de 1 em 100 mil. Por isso, o cadastramento de novos doadores no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) é fundamental para aumentar as chances de encontrar um doador compatível para cada paciente.
A doação de medula óssea: como funciona?
O processo de doação de medula óssea é mais simples do que muitas pessoas imaginam. O primeiro passo é se cadastrar no REDOME, o que pode ser feito durante uma doação de sangue em hemocentros ou instituições de saúde habilitadas. Durante o cadastro, o doador voluntário preenche um formulário com seus dados pessoais e uma pequena amostra de sangue é coletada, geralmente durante o processo da própria doação de sangue. Essa amostra é usada para identificar seu perfil genético, que será inserido no banco de dados do REDOME.
Esse processo não envolve nenhuma dor ou procedimento invasivo além da simples coleta de sangue, semelhante a uma doação normal. Isso desmistifica a ideia de que o cadastro para doação de medula é complicado ou doloroso – na verdade, é uma atitude rápida, que pode ser feita de forma muito prática.
E se eu for compatível?
Se o perfil genético do doador for compatível com o de um paciente que necessita do transplante, o doador será contatado para exames mais detalhados. Caso a compatibilidade seja confirmada, existem duas formas principais de realizar a doação de medula óssea:
Em ambos os casos, o doador está ajudando a salvar uma vida, sem passar por processos complicados ou arriscados.
A importância de ser um doador
A doação de medula óssea pode ser a única esperança de vida para muitos pacientes com leucemia e outras doenças hematológicas graves, como linfomas e anemias severas. Quanto mais pessoas cadastradas no REDOME, maior a chance de encontrar um doador compatível para aqueles que aguardam um transplante.
Ser um doador é um ato de solidariedade e altruísmo, que pode fazer toda a diferença na vida de alguém. O processo é simples e rápido, mas o impacto na vida do receptor é incalculável.
Como você pode ajudar?
Durante o Fevereiro Laranja, o Hospital São Francisco de Americana reforça a importância do cadastro de novos doadores de medula óssea e do engajamento da sociedade na luta contra a leucemia. Todos podem contribuir, seja se cadastrando como doador, compartilhando informações sobre a campanha ou incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo.
Este é o momento de unir forças. Uma simples atitude pode significar a diferença entre a vida e a morte para quem luta contra a leucemia.