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Dia Mundial do Lúpus: Conheça a doença e suas formas de tratamento

Hospital São Francisco em 02/05/2022 às 12h07

Maio é o mês em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) se mobiliza para conscientizar todo o mundo sobre o lúpus eritematoso sistêmico (LES) ou lúpus, como é popularmente conhecido. Por se tratar de uma doença que sua verdadeira causa é desconhecida, muitas pessoas ainda não entendem sobre a doença e nem como preveni-la.

O lúpus é uma doença autoimune, o que significa que ela é um das mais de 100 doenças que podem ser adquiridas com o mau funcionamento do sistema imunológico, que deixa de reconhecer bactérias ruins e bactérias saudáveis para o organismo, criando anticorpos de forma irregular e atacando os próprios tecidos. Isso leva às inflamações e dores em órgãos do corpo humano, como fígado, rins, coração, cérebro, peles, pulmões, entre outros, necessitando até mesmo de transplantes nos casos mais graves.

É uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas pode ser controlada com um bom acompanhamento de um médico reumatologista. O tratamento varia das condições de cada paciente, mas todos fazem uso de medicamentos imunossupressores, sob prescrição médica, o que deixa a imunidade mais baixa, por isso, precisam estar atentos para não se infeccionarem com outras doenças, como por exemplo, a Covid-19.

Os medicamentos utilizados para controle do lúpus geralmente são corticoides, cloroquina e anti-inflamatórios, e em casos mais graves podem ser receitados ciclofosfamida, micofenolato de mofetila, azatioprina e corticoides em doses mais altas.

 

Sintomas e diagnósticos

Existem dois tipos principais do lúpus: o primeiro é o lúpus cutâneo, que se manifesta na pele com manchas avermelhadas ou eritematosas em áreas que ficam mais expostas ao sol; e o segundo é o eritematoso sistêmico, que afeta órgãos internos.

São muitos os sintomas de um paciente com lúpus:

  • – Lesões avermelhadas na pele das maçãs do rosto e dorso do nariz.
  • – Dor e inchaço nas articulações, principalmente nas mãos.
  • – Inflamação membranas que recobrem o pulmão e coração.
  • – Inflamação no rim.
  • – Alterações no sangue como diminuição de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos (leucopenia), dos linfócitos (linfopenia) ou de plaquetas (plaquetopenia).
  • – Inflamações no cérebro, causando convulsões, alterações do comportamento (psicose) ou do nível de consciência e até queixas sugestivas de comprometimento de nervos periféricos.
  • – Inflamações de pequenos vasos (vasculites) podem causar lesões avermelhadas e dolorosas em palma de mãos, planta de pés, no céu da boca ou em membros.
  • – Queixas de febre sem infecção, emagrecimento e fraqueza são comuns quando a doença está ativa.
  • – Além de manifestações nos olhos, aumento do fígado, baço e gânglio, que podem ocorrer também quando a doença está em fase ativa.

Para o diagnóstico e tratamento correto, é essencial que o paciente procure um especialista reumatologista caso apresente algum dos sinais acima, ou sintomas clínicos como, fadiga, perda de apetite, febre baixa, queda de cabelo e emagrecimento repentino. Assim, o médico fará uma análise precisa além de exames de sangue para verificar sua dosagem de anticorpos.

 

Prevenção

Como ainda não é conhecida as reais causas da doença, não existe uma maneira 100% eficaz de evita-la, mas existem muitas formas de prevenção básicas para manter a sua saúde e diminuir as chances de contrair o lúpus:

  • – Evite o sol em excesso sem a proteção solar e qualquer radiação ultravioleta
  • – Trate infecções no início
  • – Evite uso de estrógenos e drogas
  • – Tenha uma alimentação saudável
  • – Faça exames regularmente

Se você já contraiu a doença, evite engravidar durante o período ativo do lúpus, além de evitar o estresse ao máximo.

Cuide da sua saúde e proteja sua vida. Se sentir qualquer sintoma semelhante, procure imediatamente um especialista!

Fonte: HSF